Entender que nossos bichanos não são de ferro e também podem adquirir doenças é o primeiro passo para bons cuidados com nossos gatos. Dentre as enfermidades em felinos obesos, a lipidose hepática felina é uma das mais comuns.
Essa doença atinge o fígado, órgão capaz de desintoxicar o corpo, por meio da absorção de nutrientes e auxílio na digestão. De modo que provoca problemas intestinais e mal-estar.
Dessa forma, para um ótimo cuidado com a vida do animal, identificar o distúrbio e seus motivos é um passo importante para o prolongamento da qualidade e expectativa de vida.
Índice
A lipidose hepática felina (LHF) é uma doença que acomete principalmente aos gatos obesos e anoréxicos, devido ao acúmulo de gordura no fígado. Sendo conhecida também por fígado gordo.
No momento em que 50% das células de gordura se encontra nesse órgão, o quadro de lipidose hepática já é confirmada. Assim não apenas o funcionamento do sistema digestivo, mas todo organismo do pet estará comprometido.
Isso porque a disfunção hepática pode causar a carência de nutrientes, desidratação e fraqueza. Questões que poderão trazer à tona outras manifestações negativas.
A LHF é classificada em primária e secundária. Visto que a primária é o grau mais frequente em animais domésticos obesos, sendo reconhecida por exames laboratoriais e histológicos.
Enquanto a secundária pode ser gerada por várias condições patológicas e se trata de um nível mais elevado, sendo capaz de originar outra doença. Como: diabetes melito, hipertireoidismo, hipotireoidismo, infecções, problemas cardiovasculares, entre outros.
Reconhecer os sintomas da lipidose hepática felina é um passo essencial para o início do tratamento e prevenção de mais problemas. Portanto esteja atento se o seu animalzinho apresentar:
Esses sinais podem se manifestar dos seis meses aos quinze anos de vida do seu bicho de estimação. Já que é o período em que seu gato está propenso a adquirir a doença.
Os sinais variam de acordo com a causa. Por isso, para qualquer alteração de comportamento ou na saúde do seu pet, não deixe de levá-lo ao médico veterinário. A LHF depende do diagnóstico prévio.
Além dos sintomas já citados, quando agravado, há a possibilidade do surgimento de coma, demência, paralisia e head-pressing (momento em que o gato pressiona sua cabeça contra a parede constantemente).
O diagnóstico é feito por meio de exames físicos, complementares e análise do histórico de obesidade e anorexia. Os exames variam de hemogramas a citologias (realizadas por punção aspirativa por agulha fina), ultrassons e biopsias.
Em suma, outro fator importante para uma ótima identificação da LHF é o entendimento da causa. Sendo os principais motivos da doença: a obesidade felina que acomete 90% dos gatos na fase inicial; e o estresse, na maioria dos casos, ocasionado pela chegada de um novo integrante na família, dieta desequilibrada e mudança no ambiente.
Embora a obesidade seja uma condição responsável pelo acúmulo de gordura, até mesmo gatos magros podem obter. Fato explicado pela alimentação incorreta. Já que a falta de comida faz com que o organismo acumule gordura para substituir o que não é adquirido, passando a ser direcionada ao fígado.
Sendo assim, é fundamental refeições regulares, saudáveis e equilibradas unidas à atividades físicas.
Com a comprovação da lipidose hepática felina, é preciso iniciar o tratamento da doença que necessitará de:
A dieta para a lipidose hepática felina deve ser rica em calorias e proteínas, capazes de suprir 60 a 90 kcal/kg. diários. Obedecendo às recomendações médicas, um animal de estimação pode se recuperar totalmente após seis semanas de tratamento.
Estando reabilitado, será preciso uma reavaliação do nível de hidratação, eletrólitos, peso e condição corporal. Além disso, o cuidado não deve parar por aí. Visto que, caso retorne à rotina inadequada, a doença pode voltar.
Dessa forma, a prevenção antes e depois da LHF é necessária, caso você deseje oferecer ao seu gato a melhor saúde, vida e bem-estar. Essa profilaxia está relacionada diretamente à atenção com a alimentação do seu pet, manutenção de peso saudável, combate às situações de estresse, realização de atividades físicas e análise da saúde e comportamento.
Por fim, não esteja atento apenas em casos de enfermidades ou alterações e não deixe de levar seu gato às consultas de rotina. Os check-ups anuais serão capazes de identificar qualquer problema antes de seu agravamento. Portanto compartilhe essa informação e mantenha mais pessoas conscientes sobre esses cuidados.
É uma ONG criada em Dezembro/99, CNPJ: 07.661.890/0001-21, com o propósito de acolher cães de rua que estejam em estado crítico de saúde, extremamente debilitados ou em situação de risco.
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