Cachorros que auxiliam deficientes visuais em seu dia a dia têm se tornado tão essenciais que possuem um dia de comemoração. Assim sendo, toda última quarta-feira de Abril é Dia Internacional do Cão-Guia.
Embora esse animal seja importante, no Brasil, há falta do adestramento desses cães. Visto que, no território brasileiro, há apenas cerca de 200 cães-guias para 7 milhões de pessoas com deficiência visual. Isso acontece devido ao baixo investimento nos treinamentos e à carência de famílias socializadoras.
Se você já viu algum cão-guia ou conhece alguém que necessite, que tal conhecer mais sobre ele e suas necessidades? Talvez você possa se tornar um voluntário e ajudar à causa.
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O cão-guia tem como função ser os olhos do seu dono. Contudo, mais do que isso, ele ajudará na inclusão social de deficientes visuais. De modo que além do adestramento, ele dependerá de socialização em meio às pessoas.
Dentre as raças caninas, as mais queridas para essa questão são: Labrador, Golden e Pastor Alemão. Isso porque têm mais facilidade em se adaptar, além de serem conhecidos pelas suas personalidades fiéis, amigáveis e espertos. Apesar disso, outras raças de médio e grande porte que sejam dóceis podem prestar o papel de cão-guia.
Os cachorros escolhidos para o cargo de cães-guias passarão por treinamentos durante dois anos. Sendo os primeiros dois meses de vida voltados à avaliação de comportamento e genética, feita por escolas de cães-guias.
Após sua aprovação, dos três meses a um ano de vida, o cão ficará com uma família voluntária que deverá permanecer ao seu lado a maior parte do tempo e proporcionará diversas experiências, ensinamentos básicos de obediência e socialização. Dessa forma, o bicho de estimação será capaz de guiar o deficiente em qualquer circunstância.
Ao final, o cachorro voltará à escola e finalizará o treinamento. Entretanto, apesar do encerramento de todas as etapas, por vezes, apenas 50% dos animais são aptos a auxiliar deficientes visuais. Já que, para tanto, devem conseguir:
Estando qualificado ao trabalho de auxílio a deficientes visuais, o cão trabalhará até seus oito a dez anos. Logo após podendo se aposentar e encontrar um novo lar.
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Ao ter um cão-guia ou mesmo dar de cara com um, você deve saber algumas informações sobre ele, como: não brincar ou oferecer comida ao animal. Caso você realize algumas dessas ações, você poderá atrapalhar no trabalho desse pet.
No entanto isso não quer dizer que cães-guias não possuem tempo de lazer ou divertimento. Visto que, assim como qualquer outro bicho de estimação, podem sofrer de estresse e tédio. Portanto você deve saber que o momento em que ele está livre para interagir é quando se encontra sem o peitoral com alça rígida ou quando seu acompanhante permitir.
Uma dúvida que algumas pessoas ainda possuem é referente à presença desses animais em transportes ou estabelecimentos. De acordo com a Lei 11.126, de 27/7/2005, regulamentada pelo Decreto nº 5.904, de 21/9/2006, todo usuário de cão-guia pode ingressar e permanecer com o seu bichinho em qualquer local público ou privado de uso coletivo. Independentemente das restrições impostas por alguém.
Se por acaso você ver um indivíduo restringindo a entrada deles, reclame! Isso é um direito e deve ser cumprido. Não se preocupe ou tenha medo se o cachorro coloca alguém em risco, pois foi castrado e treinado para ser obediente e amigável.
Por fim, sempre respeite o animal e as pessoas cegas, não interfira na comunicação entre ambos e não tente ajudar sem que o usuário peça. Isso tende a distrair o cão e impedir que realize um bom trabalho.
O treinamento do cão-guia dura dois anos e depende de um investimento de R$30 mil, o que explica a baixa fração de pets direcionados à essa função. Desse modo, em alguns casos, pessoas com alguma deficiência visual devem aguardar três anos para adquirir um.
Para a obtenção de cães-guias, o deficiente visual deve ter mais de 18 anos, residir na região em que é pedido, ter deficiência visual total e realizar o curso de Orientação e Mobilidade.
O curso de Orientação e Mobilidade é fundamental, uma vez que não apenas o deficiente deverá se adaptar ao animal, mas também vice-versa.
Outro ponto importante desse curso é a possibilidade do cão aprender os comandos e leitura corporal do dono, assim como a pessoa aprenderá a compreender os movimentos de seu pet.
Conforme ambos se acostumam com a convivência, passam a seguir sozinhos, porém com supervisão regular de um treinador para certos ajustes. Contudo há situações em que o usuário não se familiariza ao cão-guia, se sentindo inseguro e desconfortável, optando pela bengala.
Apesar disso, a quem é deficiente, a tentativa é válida. Pois além de novos olhos, a pessoa irá obter um grande e fiel amigo para todos os momentos. E, a quem não é, pode aprender muito com esse artigo, além de se tornar voluntário ou dono de um ex-cão-guia.
Se você gostou dessa ideia e de todo esse conteúdo, que tal compartilhar aos seus amigos e familiares? Sendo deficiente visual ou não, essas informações são fundamentais e irá colaborar a muitos cães-guias.
É uma ONG criada em Dezembro/99, CNPJ: 07.661.890/0001-21, com o propósito de acolher cães de rua que estejam em estado crítico de saúde, extremamente debilitados ou em situação de risco.
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